quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O desafio da mão-de-obra


O trabalhador da construção civil brasileira de uma geração atrás, nas décadas de 70 e 80, integrava o contingente da população desfavorecida, frequentemente de origem rural e nordestina, em busca de uma inserção social urbana. Na época, a construção paulista foi a primeira a garantir, em convenção trabalhista, o direito ao café da manhã na obra.
Hoje o trabalhador da construção ascendeu e tem o padrão de vida e aspirações típicas da chamada nova classe C. A convenção trabalhista da categoria inclui três refeições e uma série de novos benefícios.
Aquecido, o setor continua demandando mão de obra e enfrenta mensalmente o desafio de empregar, treinar e qualificar dezenas de milhares de trabalhadores. Somente nos últimos dois semestres, foram 247 mil em todo o país! Para contribuir com este esforço, o Sindus­Con-SP, em parceria com a Fiesp e o Senai-SP, realizará o seminário “Novos caminhos para capacitação e qualificação profissional da mão de obra na construção civil” em 2 de setembro, das 9h às 15h, no Concrete Show 2011 (Centro de Exposições Imigrantes, rodovia dos Imigrantes km 1,5).
O Concrete Show irá reunir a cadeia da tecnologia em concreto para a construção civil e infraestrutura, apresentando cerca de 500 expositores nacionais e internacionais com soluções, novidades e lançamentos para o setor.
O seminário, dirigido a diretores de construtoras, engenheiros e profissionais da área de RH e aberto à imprensa, oferecerá sugestões para o emprego e a qualificação do pessoal do setor. Terá como um dos destaques palestra do economista Marcelo Neri, professor da Fundação Getulio Vargas, dentro do painel “Novas perspectivas da mão de obra na construção civil”.
Neri é autor de uma pesquisa mostrando que o pessoal ocupado na construção, comparado à média dos trabalhadores, ainda tem um rendimento mensal 14,7% menor e um grau de escolaridade 25,3% menor. Mas, na comparação com um trabalhador com o mesmo grau de escolaridade, o da construção civil ganha 5% a mais. Entre 2003 e 2009, a elevação deste grau entre o pessoal do setor foi maior do que a da média dos trabalhadores.
Já no painel “Capacitação -Invista nessa ideia”, Claudio Viegas e Dilson Ferreira, da Fiesp, apresentarão o “Plano para Qualificação de Mão de Obra na Construção”. E o diretor da Escola Senai do Tatuapé, Abilio Weber, mostrará as “Ações de Qualificação Profissional para a construção desenvolvidas pelo Senai-SP”.
fonte:
http://www.focando.com.br/?p=15948

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