segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FUNDOS DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

Fundos imobiliários atendem quem dispõe de recursos reduzidos. Mas a compra de um imóvel também pode ser vantajosa. Conheça os dois modelos e saiba como investir

O que é melhor, comprar um imóvel ou investir em um fundo imobiliário? Esta pode ser a dúvida de muitos investidores, agora que as vendas de residências e imóveis comerciais batem recordes trimestre após trimestre.
Para quem dispõe de recursos reduzidos, os fundos imobiliários se mostram como opção atraente. Negociados em bolsa, estes fundos podem alcançar rentabilidade de até 1,3% ao mês. E ficam livres de imposto de renda, caso o investidor tenha menos de 10% das cotas do fundo. 

O consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho explica que os fundos imobiliários funcionam como empresas criadas para administrar diversos imóveis. “Eles permitem que mesmo pequenos investidores tenham acesso a grandes inquilinos e ativos”, afirma. A cota inicial de um fundo gira, em média, em torno de R$ 10 mil, mas é possível encontrar fundos com cotas de R$ 1 mil e até de R$ 100.
No caso da compra de imóveis, a rentabilidade não é muito diferente. Segundo Maria José Serrano, consultora imobiliária da Coelho da Fonseca, para os imóveis residenciais, os ganhos obtidos com aluguel giram em torno de 0,7% do valor do imóvel, enquanto no ramo comercial, o retorno sobe para 1%. Por outro lado, o investidor também ganha com a valorização do imóvel. “É um patrimônio que se mantém atualizado ao longo dos anos”, afirma Maria José.  

A grande desvantagem desse modelo, diz Belleza, é o risco que o investidor tem de não conseguir alugar o imóvel. Nos fundos, o investidor aplica em diversos imóveis, reduzindo as chances de vacância ou inadimplência. Além disso, não é preciso arcar com a manutenção do bem e nem lidar com inquilinos, relação que muitas vezes se torna trabalhosa. 

A liquidez, ou seja, a facilidade para se desfazer do ativo, é outra diferença entre os dois modelos. “Para vender um imóvel, o investidor precisa de uma série de certidões, tem custo de cartório e leva tempo. “No caso dos fundos, basta pegar o telefone e em três dias o dinheiro está na conta”, diz Belleza. Para o investidor, no entanto, vale lembrar que o fundo negociado em bolsa funciona como uma ação. Assim, para se desfazer da cota é preciso que alguém esteja disposto a comprá-la.

Segundo Maria José, metade dos imóveis residenciais de alto padrão lançados atualmente são comprados por investidores. A maior parte dos negócios é feita na fase de lançamento do empreendimento, quando os preços são, em média, 30% menores. “O investidor que compra na planta pode contar, já de cara, com uma valorização de 30% até o imóvel ficar pronto”, destaca a consultora.

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